Recorrendo ao blog

Eu tenho tanta coisa pra escrever, tanta coisa na minha cabeça que eu acho que vou ficar louca. 
Tem dias que tá tudo bem mas tem dias que eu acordo me sentindo uma merda e não sinto vontade de fazer nada, não tenho forças pra nada. 
Eu sinto como se eu fosse explodir a qualquer momento. Não sei mais o que fazer em relação a minha família. Eu fico muito triste em ver a minha mãe desse jeito. 
Sinto que vou acabar saindo de casa porque parece que não tem mais "lugar" pra mim aqui. 
Não consigo mais ver as atitudes ridículas da minha irmã. Não consigo mais ver o meu pai se fazer de cego... e definitivamente eu não estou em um momento da minha vida que devo ficar me preocupando com isso. 
Ao mesmo tempo que sinto que devo ir embora, não quero deixar a minha mãe sozinha. Eu sou a única pessoa que conversa com ela e eu sei muito bem o quão importante é ter alguém pra conversar, desabafar, encostar a cabeça no ombro e poder chorar. Não quero abandonar a minha mãe agora que ela mais precisa de mim... mas eu também não aguento mais viver nesse caos. 
Antes de saber que eu estava grávida, eu tinha certeza que esse ano seria o último da minha vida pois eu mesma iria colocar um fim nela. Mas então veio o Arthur e trouxe um brilho na minha vida, tento pensar em coisas boas, tento me manter feliz e saudável, mas mesmo assim... tem dias que eu não tenho forças pra nada. E isso me deixa muito triste porque não quero passar sensações ruins para o meu bebe. Enfim... são tantas coisas na minha cabeça, eu só precisava colocar pelo menos um pouquinho delas pra fora. 

It's my choice

"You’re wrong about us being on different paths. You are my path. You will always be in my path. I know there’s a million reasons we shouldn’t be together, but I’m tired of them. I’m tired of every single one of them. We all have to make a choice, and I choose you."

Amor de casais

Há casais contra qualquer ostentação. Não realizam propaganda do seu amor. Não narram vantagens, não se elogiam em público, não descrevem o que ele ou ela preparou de especial na noite anterior, não geram ciúme, muito menos inveja entre os amigos. Não se derramam em abraços de aeroporto em cada esquina.
São os casais ideais, certo? Talvez durem para sempre, o que não traduz perfeição.
Não há como ser feliz sem merchandising do que se está vivendo. Sem morder a língua. Sem fofoca. Sem contar um pouco mais. É pensar e divulgar.
O amor é público, desde quando se estendeu a mão pela primeira vez com muito nervosismo para andar na rua com ela.
Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença.
Um dos graves traumas afetivos é a falta de amor pelo amor.
Os pares se amam, mas estão descontentes por amar. Não desejavam estar amando. É um amor contrariado, um amor dissidente. Como uma maldição: Por que foi acontecer comigo logo agora?
É como se a companhia não fosse apropriada. Ou que não devia ter surgido naquele momento, é bem capaz de atrapalhar os negócios ou a vontade de viajar e de ser livre. Ou porque é diferente e não responde automaticamente. Perderemos tempo, perderemos a agilidade que tanto nos caracterizava.
Não se enxergam abençoados, e sim traídos pelo destino. Não tratam de alardear seu relacionamento como um feriado de sol. Por receio ou insegurança, não se orgulham da companhia. Nunca falarão: estou com quem sonhei, é perfeito para mim.
Não identificam que já têm o mais complicado, que o restante é simples: um cartão, um torpedo, uma cartinha, uma lembrança, um prato predileto, um capricho, um colo.
Amam ao mesmo tempo em que odeiam. Amam ser, odeiam estar. Por aquilo que a convivência exige, pelo mal-estar de uma conversa truncada, pelo ciúme passivo e sempre existente, pela necessidade de telefonar e de se apaziguar, pela dependência ruidosa e ávida.
Quem ama alguém, mas odeia o amor não terá paciência. Entrará num clima de cobrança permanente, de suspeita irremediável. Conhece como o par fica irritado e trata de testar os limites. Não agrada para criar contrariedade e arrecadar sinais do fim. Quer se livrar do amor, não do outro, mas o amor está no outro que acaba pagando a conta.
Não consegue se separar, tampouco se entrega verdadeiramente.

Quando está em paz, enlouquece. Quando está estressado, age com distração e depois reclama da cobrança. Ou cobra a cobrança. Ou antecipa a cobrança que não viria. A briga está condicionada a uma postura catastrófica. Mobilizado a provar que não tem mais jeito. Em vez de elogiar, reclama. Em vez de se declarar, ironiza. Em vez de confiar, pragueja.
A mulher pode amá-lo, o homem pode amá-la, só que ambos não amam o próprio sentimento. Cada um não se ama por amar. Não basta amá-la, tem que se amar por amá-la. Não basta amá-lo, tem que se amar por amá-lo.
Mas a reflexão não termina por aqui. Caso contraiu piedade do que não ama o amor, há ainda um tipo mais terrível: aquele que ama o amor, mas não ama seu parceiro. Ama seu modo de amar e não aceita mais nada. Faz o amor de propaganda, que é o contrário de fazer propaganda do amor. Experimenta um delírio romântico. Tudo o que o outro oferece não é do jeito conhecido, portanto não serve. Alimenta uma insatisfação constante, autoritária, como um diretor que recusa o improviso de seus atores e manda repetir a cena. Não reconhece os gestos mais naturais e singelos. Sufoca o que vive de fato pela pressa de um cartão-postal. Funciona na base do escândalo: da serenata na janela, da Kombi do aniversário, dos presentes imensos e das provas vistosas. Será insaciável, pressionando para receber o que somente ele imaginou (e nunca confessou).
É um desalmado da privacidade, um amante genérico, porque ama demais a si para amar quem quer que seja.

Medo

Por que se apaixonar é considerado um ato de coragem por muitas pessoas? Por que muitos de nós passamos a desacreditar do amor, da paixão e passamos a temer um simples desfrute de uma boa companhia?
Por que quando estamos tendo um bom relacionamento e está tudo dando certo, sentimos tanto medo de que as coisas se desgastem? Por que sentimos tanto medo, afinal? Eu não conheço uma pessoa que não tenha sentido esse medo ou que não sinta. O mais ridículo de tudo é que gostamos de antecipar um sentimento de perda que muitas vezes nunca iremos realmente sentir. Seria tudo isso uma grande mania? Uma mania de sentir medo. Sentimos medo de nos apaixonar, evitamos isso o máximo que podemos e quando finalmente acontece, sentimos medo de nos machucarmos; então quando a relação fica totalmente estável, sentimos medo de perder a tal pessoa.
Tudo bem, sentir medo é normal. Todo mundo tem medo, certo? Mas até que ponto deixaremos esse medo nos guiar? A incerteza que nunca vai embora e que no fim das contas, se analisarmos como indivíduos totalmente racionais, essa incerteza não passa de paranoia.
Afinal, o medo de que as coisas possam dar erradas pode ser tão grande a ponto de arruinar todas as conquistas que fizemos até aqui? Porque se pararmos pra pensar, se fossemos um pouco mais racionais, nossos relacionamentos com as pessoas poderiam ser mais duradouros? Nossa autoconfiança seria pelo menos um pouco maior?
 Por que sentimos tanto medo?

Resposta: somos todos inseguros.

O post mais randomico de todos os tempos

Escrever é de certa forma, muito difícil. Bom, pelo menos pra mim.
Eu nunca sei como começar um texto, eu sempre fico achando que está uma porcaria e nunca sei como começar. Sempre tenho ideia do que vou escrever no ápice do texto, aquele trecho em que eu deixo o leitor entusiasmado e imaginando tudo o que escrevo aqui. Acho que seria mais fácil se pulássemos para a parte boa, para a certeza de que já está bom. O começo é sempre incerto, duvidoso e nunca sabemos como começar, porque claro, o início determina, de certa maneira, como será o fim.
Mas hoje o meu modo de escrever será diferente, eu não irei me focar apenas em uma coisa porque eu tenho muita dificuldade em fazer isso e como passei muito tempo sem escrever, estou cheia de coisas no pensamento. Ou seja, como perceberam, eu comecei o texto falando sobre “presunto” e vou terminar falando sobre “AIDS”. Entenderam? Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Para começar eu queria anunciar que eu ingressei numa faculdade, a Federal do Amazonas. Não é grande coisa, muito menos o curso. Irei cursar Ciências Naturais. Mas entre Fisioterapia na Uninorte e Ciências Naturais, que pelo menos estuda alguma coisa que eu gosto, eu fico com Ciências Naturais.
Na verdade, eu nunca sei o que eu quero. Apenas vou seguindo os meus instintos. Se eu fosse seguir os meus sonhos eu cursaria Teatro e seria atriz. Mas não tenho sorte ou um rostinho para me dar bem nesse ramo. Mas que é um sonho, é!
Então eu tentei seguir outro sonho, o de ser médica veterinária. Mas será que isso é realmente o que eu quero? Pelo o que pude perceber, depois de tantas pesquisas e desesperados testes vocacionais que já fiz, a única área que se encaixa perfeitamente em mim é Humanas. É muito difícil tomar decisões tão importantes agora, nenhuma profissão que eu realmente gostaria de ser é promissora nessa cidade ou país. Sério, eu teria que vender meus rins pra ser reconhecida como atriz. Também teria que vender mais um para ser escritora. Então eu prefiro seguir outra carreira, até porque não tenho talento para ser escritora e muito menos atriz.
É estranho falar sobre tudo isso, eu me lembro que ano passado eu comentava com o meu melhor amigo que eu não tinha maturidade para estar no Ensino Médio. Eu sempre fui muito criança, às vezes pareço uma criança de 12 anos descobrindo um site pornográfico. Sério. Eu nunca conheci uma menina que fosse tão idiota como eu. Talvez eu nunca conheça.
AH, mas isso não significa que eu não tenha juízo ou não saiba o que eu quero, ok? Eu só não gosto de sair falando por aí o que pretendo fazer futuramente. Todas as vezes em que fiz isso, não funcionou. Até porque as pessoas sempre falam alguma coisa que te deixam com o pé atrás.
Enfim, mudando mais uma vez de assunto...
Eu me irrito muito fácil com pessoas que reclamam o tempo inteiro (eu disse o tempo inteiro, ok? Porque até eu reclamo das coisas) das coisas. Que as coisas não dão certo e blá blá blá. Eu tenho muitos amigos assim. Eu já fui assim, foi em 2011 eu acho. Eu reclamava de tudo que dava errado e quando alguma coisa dava certo eu arrumava outra coisa pra reclamar. Só porque eu gostava de reclamar. Acho que esse é o problema dessas pessoas, elas gostam de reclamar. Conheço também pessoas que reclamam porque gostam de se fazer de coitadas. Não sei o que acontece, mas parece que gostam quando sentem pena delas. Aqui vai a minha dica para os meus dois amigos que fazem isso: por favor, façam alguma coisa para mudar a vida de vocês.
A minha amiga Fernanda passou em Medicina na UFAM e continua reclamando das coisas. Ah, tenha dó, Fernanda!
Bom, eu acho que por hoje é só. Eu escrevi muito. Mas me sinto aliviada por ter tirado algumas coisas da mente, é melhor escrever a ter que ficar falando sozinha.


Ciao! 

Desabafo em modelo de Conselho

Eu estive pensando na maneira como as coisas funcionam. Quer dizer, tudo é muito injusto, não? A vida é injusta, certo? Sim, é mesmo. Mas e se não fosse? Como é que diabos iríamos aprender alguma coisa nessa jornada? Como é que iríamos amadurecer? A aprender a levantar e seguir em frente? 
Por mais maluco e estúpido que possa soar, mas o fato de algumas coisas que queremos tanto não darem certo é, definitivamente, necessário. Um mal necessário. 
Muitas coisas não são justas mas, talvez, sejam como devem ser.
Já perdi grandes chances em minha vida e é claro que me senti muito infeliz, mas hoje em dia eu vejo que não era pra ser. Oportunidades melhores apareceram e eu soube fazer o que era necessário. Afinal, não é porque você não conseguiu uma vez que não irá conseguir numa segunda ou centésima tentativa. Uma coisa é certa nessa vida, tudo acontece no seu tempo e por alguma razão. Tudo passa, pode levar alguns meses, dias, semanas, anos... Mas passa. E sabe qual é o segredo pr'aquela dorzinha que dá um nó na garganta, nervosismo, ansiedade e vontade de tomar um chá de sumiço? Bem, é bem simples; basta seguir em frente. Não estou pedindo para você esquecer ou "deixar pra lá". Não acredito nisso e nunca irei acreditar. A questão é "não deu certo, ok. Vou tentar outra vez, de outra maneira, farei outra coisa". Se não deu certo, querido, acredite, foi melhor assim. Quando essa fase ruim passar você vai perceber que tudo o que eu disse aqui faz sentido. Pois passa, querendo ou não, passa.



Dedico esse texto à todos os meus amigos, colegas, parentes -e os que eu desconheço também-, que não conseguiram realizar o sonho de ingressar na universidade. Não desanimem, tentem outra vez.

Desencontro

A sua lembrança me dói tanto... Eu canto pra ver se espanto esse mal, mas só sei dizer um verso banal. Fala em você, canta você, é sempre igual.
Sobrou desse nosso desencontro; um conto de amor sem ponto final. Retrato sem cor jogado aos meus pés, e saudades fúteis, saudades frágeis; meros papéis. 
Não sei se você ainda é a mesmo ou se cortou os cabelos, rasgou o que é meu. Se ainda tem saudades e sofre como eu... Ou tudo já passou, já tem um novo amor...
Já me esqueceu.

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