naked as we came
by Victoria
Eu estava deitada, vestindo a sua camiseta vermelha favorita. Estava aninhada em seu peito enquanto sentia sua respiração leve nos meus cabelos. Estava dormindo. Amanhecer pela primeira vez em seus braços, fora, de longe, a melhor sensação que eu já tive em toda minha vida.
Depois de uma hora acordada, resolvi levantar da cama. Fazendo esforço para tirar o seu braço de cima de mim. Me olhei no espelho e sorri. Meus olhos brilhavam de tanta felicidade. Tivera a melhor noite da minha vida. Ainda podia sentir cada toque e cada beijo seu... Que fora dado em cada centímetro do meu corpo. Olhei para a cama e ele ainda estava dormindo. Bocejei e fiquei me perguntando se eu deveria tomar banho ou voltar a me deitar ao lado de John novamente. A cama era convidativa e seria ótimo o ver acordando.
Deitei ao seu lado e tentei aninhar-me novamente junto ao seu corpo, mas...
"Você já acordou, amor?" John me perguntou com a voz sonolenta enquanto sorria e acariciava minhas bochechas.
"é, faz um tempo" sorri. "não queria acordar você, volte a dormir."
"não vou voltar a dormir. Não estou com sono." disse enquanto bocejava. "queria lhe dizer algumas coisas." John sorriu novamente e me deu um beijo na testa.
"eu tenho que lhe dizer umas coisas também." John me olhava intensamente, sustentando nossos olhares, continuei. "eu amo você. Não que você não saiba disso, mas achei que fosse uma boa ideia lembrá-lo que eu o amo demais. Essa noite foi maravilhosa. Eu te amo, amo demais. Eu tenho tanto medo de perder você, amor." Senti uma certa agonia enquanto o silencio tomava conta de todo o quarto. John continuava a me olhar de uma maneira intensa. Senti um frio na barriga e acho que estava suando frio. Eu deveria ter falado muita besteira. Era cedo demais. 3 meses de namoro e eu achando que já era a hora certa para falar aquilo. Tenho tanto medo de perder você, amor. Repetia aquilo na minha mente e comecei a me preocupar, estávamos quietos há quanto tempo ali?
"Eu amo você." Ele disse, por fim, sorrindo. Me puxou para mais perto e me deu um beijo intenso, profundo - como se nossas vidas dependessem daquilo. Depois me afastou e colocou sua mão em minha cintura, apertando-a. "Eu tenho medo de estragar as coisas. Não quero ser um completo idiota, mas sei que na maioria das vezes eu sou. Mas eu te amo. Amo tanto, minha pequena."
"John, eu me sinto uma completa estúpida por sentir vontade de dizer o que sinto por você o tempo inteiro. Peço desculpas se isso parecer meio idiota. Eu nunca disse isso pra ninguém, até porque eu nunca senti algo tão intenso e maravilhoso como eu sinto agora por você. É como se nós tivéssemos ligados um com o outro o tempo inteiro. Desde que nós nos conhecemos as coisas só fizeram melhorar e mudar na minha vida. Eu amo você... Você... Eu nunca senti algo assim antes, e também nunca imaginei que fosse sentir algo assim por alguém. Mas, eu tenho a absoluta certeza de que você..." levei alguns segundos até conseguir formar aquela frase que em toda a minha vida, jamais pensara que diria a alguém. "John, você é o amor da minha vida. O homem da minha vida. Acho que tirando o meu pai, é claro." E PRONTO! Senti minha boca secar e meu corpo estremecer. Parecia que nem eu mesma estava acreditando no que eu havia dito. Pisquei algumas vezes e fechei meus olhos, rezando pra que ele tivesse dormido depois de todo aquele meu discurso.
Muito pelo contrário, senti suas mãos - que estavam rígidas em minha cintura - subirem para o meu pescoço e em seguida senti a sua língua tocar em minha nuca, enquanto aquela barba mal feita que eu tanto amava roçava em meu pescoço. "Eu te amo... Eu te amo tanto, Luísa. Você faz ideia disso? Você faz ideia do quanto significa para mim? Você é o amor da minha vida. E eu tenho a absoluta certeza disso. Eu amo você, sabe disso, não sabe?"
"S-sei... Obrigada... por... me amar."
"Porque você fala assim? É como se tivesse medo de dizer o que sente." perguntou curioso.
"E tenho, na verdade, até alguns minutos atrás eu ainda tinha." falei sorrindo, colocando minha cabeça em seu peito novamente. "Sabe, somos muitas vezes surpreendidos pela vida, pelo que ela nos revela em certos momentos. Seria fácil dizer a alguém que se ama se o medo dessa pessoa partir é tão vivo quanto o amor que as une em cada momento em que estão próximos? Acredito que não, mas sempre soube que um dia teria que me declarar e torcer para que as lágrimas que eu derramasse fossem de felicidade com a reciprocidade do sentimento." falei por fim, com os olhos cheios de lágrimas. Lágrimas de pura felicidade.
"Tenho certeza que você não precisa sentir anseio de dizer o que sente por mim. Eu amo você e você pode ter plena certeza disso. Você sabe, não sabe? Você é a minha Luísa, essa coisinha pequena e desastrada. Amo cada detalhe em você, em personalidade, corpo e espírito. Simplesmente amo você." John me disse aquilo enquanto me puxava para ainda mais junto de si. "Está com fome, princesa?"
"Bastante faminta." murmurei muito baixo.
"E o que a senhorita gostaria de comer?" Disse ele acariciando o meu cabelo.
"Digamos..." me levantei para olhá-lo, tentei usar todo o tipo de sensualidade que talvez eu pudesse ter. O que achei que fosse bem difícil. "Digamos que eu esteja faminta por John" Fiquei envergonhada no mesmo instante e mordi os lábios.
Senti seus braços tomarem conta de mim e me colocarem deitada em sua cama. Enquanto me preparava para ser, outra vez, totalmente sua.